MS registra menor taxa de desemprego da década e atinge recordes no mercado de trabalho

André Rocha 553 visualizações
3 minutos de leitura

O mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul alcançou resultados históricos no trimestre de julho a setembro de 2024, com a taxa de desemprego caindo para 3,4%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

Esse é o menor índice já registrado para o período na série histórica iniciada em 2012, consolidando o estado como o quarto menor índice de desocupação no Brasil, atrás apenas de Rondônia, Mato Grosso e Santa Catarina.

Avanços no emprego e na ocupação

A queda no desemprego, que passou de 3,8% no trimestre anterior para 3,4%, foi acompanhada pelo aumento da população ocupada, que alcançou 1,447 milhão de trabalhadores, uma alta de 0,8 ponto percentual no nível de ocupação, agora em 64,2%. Esse é o quarto maior índice nacional, reforçando a consistência do desempenho econômico do estado.

O setor privado foi destaque, registrando 757 mil empregados, o maior número desde o início da série histórica. Desse total, 585 mil têm carteira assinada, marcando outro recorde.

Setores em crescimento

Setores como Comércio, Agropecuária, Construção e Transporte impulsionaram os avanços no emprego. O Comércio, em particular, emprega 294 mil pessoas, o maior número em mais de uma década. Outros segmentos, como Alojamento e Serviços Domésticos, também registraram crescimento, ampliando oportunidades de trabalho.

Qualificação profissional como prioridade

O secretário Jaime Verruck, da Semadesc, destacou a importância de políticas públicas como o MSQualifica, que capacita trabalhadores para atender às demandas do mercado. “Estamos em condição de pleno emprego e focados na qualificação para responder às exigências das novas empresas que estão se instalando no estado”, afirmou.

Desenvolvido em parceria com Senai, Senar e Senac, o programa é peça-chave na preparação da força de trabalho, promovendo inclusão e aumento da produtividade.

Desafios e perspectivas

Apesar dos avanços, a informalidade segue como um desafio, atingindo 32,1% da população ocupada — cerca de 46 mil trabalhadores. Já o rendimento médio real apresentou leve alta de 1,48% no trimestre, chegando a R$ 3.384, mas com retração anual de 2,58%.

Mesmo com a recuperação no mercado de trabalho, a massa de rendimentos ainda enfrenta dificuldades, avançando 2,64% no trimestre, mas registrando queda de 1,84% na comparação anual.

Um futuro promissor

Com pleno emprego, crescimento econômico diversificado e investimentos em qualificação, Mato Grosso do Sul se consolida como exemplo de dinamismo no mercado de trabalho brasileiro. A atração de novos investimentos e a continuidade de políticas públicas voltadas à formalização e ao aumento sustentável da renda serão fundamentais para manter a trajetória de crescimento.

Compartilhar este artigo