Em meio ao cenário econômico desafiador, Mato Grosso do Sul se destaca como um exemplo de vigor e estabilidade financeira. Nos primeiros dois meses de 2024, o estado registrou um notável aumento de 25% em suas exportações, totalizando US$ 1.319 bilhões. Esse desempenho robusto, divulgado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), ressalta a resiliência econômica da região em um contexto global complexo.
Comparado ao mesmo período do ano anterior, quando as exportações atingiram US$ 1.055 bilhões, esse crescimento é um indicativo claro do dinamismo econômico estadual. Concomitantemente, Mato Grosso do Sul experimentou uma queda de 10,5% nas importações, diminuindo de US$ 539 milhões no início de 2023 para US$ 483 milhões em 2024. Essa balança entre exportações em ascensão e importações em declínio resultou em um substancial superávit comercial de US$ 837 milhões, um aumento de 62,1% em relação ao ano anterior.
Jaime Verruck, secretário da Semadesc, analisou esses números com otimismo, destacando o impacto positivo das exportações no desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB) e na geração de riqueza. Ele também observou a redução nas importações, atribuindo-a principalmente à estabilidade no volume de gás natural importado.
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No segmento das exportações, a celulose liderou tanto em volume (668.466 toneladas) quanto em valor (US$ 291 milhões), ultrapassando o milho, que dominava no ano anterior. Soja e minério de ferro também se destacaram, com a soja ocupando o segundo lugar em valor (US$ 253 milhões) e volume (650.645 toneladas), enquanto a carne bovina permaneceu como a terceira exportação mais valiosa.
A China mantém sua posição como principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, aumentando sua participação nas exportações de 26,96% para 38,66% entre 2023 e 2024. Outros parceiros comerciais relevantes incluem os Estados Unidos, Holanda, Indonésia, Emirados Árabes, Índia, Itália, Coreia do Sul, Japão e Uruguai. A maioria desses países aumentou suas compras de produtos do estado em comparação com o ano anterior.
Os portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) continuam sendo as principais vias de exportação para os produtos sul-mato-grossenses, respondendo por 40,46% e 28,61% do volume total, respectivamente. Um desenvolvimento notável foi o aumento da participação do porto de São Francisco do Sul (SC), que saltou de 12,62% para 18,82%. Esse crescimento pode ser atribuído à supersafra de 2023, evidenciando a força da região Sul como produtora agrícola.
Jaime também enfatizou a importância dos investimentos em infraestrutura portuária, especialmente em Santos, que está se consolidando como um hub para a exportação de celulose, impulsionado pelos novos investimentos na cadeia produtiva e pela construção de terminais próprios pelas empresas.
Este panorama econômico de Mato Grosso do Sul, caracterizado por um significativo aumento nas exportações e um superávit comercial notável, reflete uma gestão econômica eficaz e uma estratégia comercial assertiva. O estado não apenas fortalece sua posição no mercado global, mas também contribui de forma substancial para o crescimento econômico do Brasil.