Mato Grosso do Sul desponta como líder em energia renovável e atrai novos investimentos

André Rocha 545 visualizações
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Mato Grosso do Sul está se consolidando como referência nacional em energia renovável, um diferencial estratégico na atração de investimentos. Essa avaliação foi destaque no Fórum de Bioenergia, realizado na última sexta-feira (29), em Campo Grande. O evento reuniu empresários, executivos e especialistas para discutir o papel do estado na transição energética e as oportunidades do setor bioenergético.

Energia renovável como trunfo econômico

Com mais de 90% de sua energia proveniente de fontes renováveis, Mato Grosso do Sul ocupa uma posição de destaque no cenário energético brasileiro. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, o estado produz mais do que consome, exportando energia excedente. “Isso nos torna um polo atrativo para novos negócios, principalmente em indústrias que buscam sustentabilidade e eficiência energética”, ressaltou.

A matriz energética local é diversificada, com destaque para hidrelétricas, biomassa, energia solar e eólica. Em 2023, o setor de bioenergia, liderado pelas usinas de açúcar e etanol, produziu 2.200 GWh de eletricidade. Já a silvicultura apresenta potencial de geração de 14 mil GWh, conforme projeções.

Fórum de Bioenergia: foco na inovação e desenvolvimento

Promovido por Lide MS, Biosul e Reflore MS, o Fórum de Bioenergia trouxe debates liderados por nomes como Renato Pretti (Grupo CerradinhoBio) e Bruno Serapião (Atvos). Os participantes discutiram desafios e oportunidades, ressaltando a importância de parcerias entre o setor público e privado.

Amaury Pekelman, presidente da Biosul, destacou o papel da associação no fortalecimento do setor, enquanto Junior Ramires, da Reflore MS, frisou a contribuição das florestas plantadas na matriz energética.

Planejamento estratégico e sustentabilidade

Verruck atribui o sucesso do estado a um planejamento iniciado há cerca de uma década, durante a gestão de Reinaldo Azambuja. Reformas administrativas e a recuperação de terras degradadas foram essenciais para reduzir emissões de gases de efeito estufa. Atualmente, Mato Grosso do Sul possui 4 milhões de hectares convertidos para áreas cultiváveis, com outros 4,7 milhões ainda em processo de recuperação.

COP30 e novas oportunidades globais

A realização da COP30, em 2025, no Brasil, é vista como uma oportunidade para Mato Grosso do Sul se destacar no cenário internacional. “Precisamos nos posicionar de forma coordenada para aproveitar ao máximo essa vitrine global”, afirmou Jaime Verruck.

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Liderança sustentável

Mato Grosso do Sul está se firmando como líder em energia renovável, atraindo investimentos e promovendo crescimento econômico com inclusão social. O estado se apresenta como um modelo de como a sustentabilidade pode impulsionar o desenvolvimento, alinhando inovação, eficiência e responsabilidade ambiental.

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