Brasil celebra avanço científico com adesão ao CERN

André Rocha 932 visualizações
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https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2024/03/brasil-finaliza-processo-de-adesao-ao-cern-maior-centro-cientifico-do-mundo

O Brasil alcançou um marco histórico ao concluir sua adesão ao CERN, a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear.

Essa conquista não apenas representa um ponto de virada para a ciência e inovação nacionais, mas também coloca o país em um grupo seleto de nações não europeias, sendo o primeiro das Américas a integrar esse prestigiado centro científico.

A entrada do Brasil no CERN promete transformar a comunidade científica e a indústria inovadora do país.

Agora, cientistas e pesquisadores brasileiros terão acesso privilegiado às instalações e recursos do CERN, incluindo o renomado Large Hadron Collider, o mais poderoso acelerador de partículas do mundo.

Essa associação abre portas para uma participação ativa em pesquisas de ponta e colaborações internacionais.

Conhecido por suas descobertas revolucionárias, como a World Wide Web e o bóson de Higgs, o CERN é um epicentro de pesquisa em física de altas energias. A adesão do Brasil a esta organização é um testemunho do compromisso do país com a ciência avançada e a inovação tecnológica.

Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, expressou entusiasmo com a nova parceria, destacando seu potencial para impulsionar a indústria nacional e a exportação de serviços de alto valor agregado.

Ela enfatizou que este marco, fruto de 14 anos de esforços e apoio do governo e do Congresso Nacional, alinha-se com as prioridades de reindustrialização e inovação do país.

Antônio José Roque, diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), ressaltou a colaboração prévia com o CERN e as oportunidades que se abrem para as empresas brasileiras fornecerem tecnologia de ponta para a organização.

Ele também destacou o papel do Sirius, o acelerador de partículas brasileiro, como um exemplo do potencial tecnológico nacional.

Localizado na fronteira entre a Suíça e a França, o CERN é um ícone da cooperação científica internacional. Desde sua fundação em 1954, o centro tem expandido suas parcerias, incluindo agora 23 estados-membros plenos e 8 associados. A adesão do Brasil, iniciada em 2010, envolveu uma coordenação intensa entre diversos ministérios, a academia e o setor empresarial.

A formalização da associação do Brasil ao CERN, aprovada pelo Congresso Nacional em novembro de 2023, é mais do que um avanço científico; é uma porta para a cooperação estratégica em áreas vitais como saúde, indústria e meio ambiente. A ciência desenvolvida no CERN tem o potencial de gerar soluções inovadoras para desafios globais.

Além disso, a associação oferece ao Brasil acesso a matérias-primas especiais, como o nióbio, essencial na fabricação de componentes de alta tecnologia. Isso representa uma mudança significativa, onde o país passa de fornecedor de matéria-prima bruta para parceiro em tecnologias avançadas.

A adesão do Brasil ao CERN é um marco na jornada do país rumo a uma nova era de inovação e desenvolvimento tecnológico. Ela simboliza o reconhecimento internacional da capacidade científica brasileira e abre um leque de oportunidades para a pesquisa, a indústria e a economia do país.

Este é um momento de celebração e de olhar para o futuro com otimismo, onde o Brasil se posiciona firmemente no mapa global da ciência e inovação.

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