Microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas (MPEs) têm até 31 de janeiro de 2025 para regularizar suas pendências com a Receita Federal e garantir a permanência no Simples Nacional.
O prazo, inicialmente previsto para 31 de dezembro de 2024, foi prorrogado. Após essa data, empresas inadimplentes serão automaticamente excluídas do regime tributário simplificado.
Situação de inadimplência
Segundo a Receita Federal, mais de 1,8 milhão de empresas estavam em situação irregular até outubro de 2024, somando uma dívida total de R$ 26,5 bilhões. Entre as principais causas de inadimplência estão:
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- Falta de documentação: Documentos fiscais não entregues no prazo.
- Parcelamentos interrompidos: Pagamentos atrasados de dívidas renegociadas.
- Excesso de faturamento: Empresas que ultrapassaram os limites de receita do Simples.
- Atividades irregulares: Exercício de atividades fora do escopo permitido pelo regime.
O Simples Nacional, criado em 2006, visa facilitar o pagamento de tributos e reduzir a carga fiscal de pequenos negócios. No entanto, a adesão depende da regularidade fiscal, exigindo boa gestão financeira e tributária.
Como regularizar dívidas?
Os empreendedores têm opções para regularizar suas pendências, incluindo:
- Pagamento à vista ou com uso de créditos fiscais.
- Parcelamento em até 60 vezes.
- Condições especiais, como redução de juros, multas e encargos ou parcelamento em até 133 vezes.
A regularização pode ser feita nos seguintes canais:
- Portal do Simples Nacional: Ferramentas e informações centralizadas.
- Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN): Comunicação direta com a Receita.
- Portal e-CAC da Receita Federal: Acesso mediante conta gov.br.
- Portal Regularize da PGFN: Para negociações e parcelamentos complexos.
Empresas que discordam das cobranças podem apresentar defesa online no prazo de 30 dias após a notificação.
Consequências da exclusão do Simples Nacional
A exclusão do regime tributário traz impactos significativos, como:
- Aumento da carga tributária: Empresas passam a pagar impostos pelos regimes de Lucro Presumido ou Lucro Real, geralmente mais caros.
- Mais complexidade tributária: A gestão fiscal se torna mais burocrática fora do Simples.
- Dificuldades comerciais: Parceiros e fornecedores podem impor novas exigências.
Dicas para evitar problemas futuros
Para evitar a inadimplência, especialistas recomendam:
- Planejamento financeiro: Controle de fluxo de caixa e custos tributários.
- Acompanhamento regular: Consultar a situação fiscal nos portais oficiais.
- Gestão documental: Manter documentos atualizados e organizados.
- Consultoria especializada: Contadores e consultores tributários podem ajudar.
Oportunidade para regularização
Com o prazo estendido até 31 de janeiro, MEIs e MPEs têm uma nova chance de regularizar suas dívidas, evitar a exclusão do Simples Nacional e garantir a competitividade no mercado. A Receita Federal oferece condições vantajosas, mas é fundamental agir com antecedência para evitar complicações futuras.
A recomendação é clara: não deixe para a última hora. Regularize sua situação fiscal e assegure um futuro mais seguro para o seu negócio.