Campo Grande conquista marca histórica em empregabilidade e assume liderança no Ranking Nacional em 2023

André Rocha 830 visualizações
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Campo Grande em primeiro no Ranking Nacional de empregabilidade

No último ano, Campo Grande, a capital do Mato Grosso do Sul, protagonizou um feito histórico ao se posicionar como líder nacional em termos de empregabilidade. Os dados mais recentes revelam uma significativa queda na taxa de desemprego, atingindo o índice de 2,6% no último trimestre de 2023, o mais baixo desde o início da série histórica da PNAD Contínua em 2012. Esse desempenho coloca Campo Grande à frente de outras capitais brasileiras, como Florianópolis e Palmas, que apresentaram taxas de desemprego de 4,3% e 4,7%, respectivamente.

Com uma população em idade ativa de aproximadamente 757 mil pessoas, das quais 502 mil estão inseridas na força de trabalho, apenas 13 mil pessoas foram registradas como desempregadas, um número historicamente baixo. Além disso, houve uma redução no número de subocupados, que agora totaliza 33 mil, evidenciando uma melhoria significativa em relação ao período pré-pandemia.

José Eduardo Corrêa dos Santos, superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro, destaca o desenvolvimento de Campo Grande como um polo de negócios e geração de empregos. Em 2023, a cidade viu um aumento de 4 mil empresas ativas, refletindo diretamente nos números positivos de emprego. A Fundação Social do Trabalho (Funsat), por exemplo, anuncia diariamente mais de 2 mil vagas, muitas das quais permanecem em aberto devido à escassez de mão de obra qualificada.

Campo Grande não apenas superou a média nacional, que registrou uma redução de 0,3 ponto percentual, chegando a 7,4%, mas também se destacou em relação ao estado do Mato Grosso do Sul, que manteve uma taxa de desemprego estável de 4,0% no final de 2023.

A redução na taxa de desemprego em Campo Grande, de 3,1% para 2,6% em um ano, representa 3 mil pessoas a menos nessa condição. Esses números posicionam a cidade de forma vantajosa, mesmo quando comparada a países como Canadá, Austrália e Estados Unidos, que apresentaram taxas de desemprego de 5,7%, 4,1% e 3,7%, respectivamente.

Campo Grande

Esse cenário positivo é reflexo do crescimento econômico experimentado por Campo Grande no período pós-pandemia. Desde julho de 2020, mais de 38 mil novos empregos formais foram criados, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Apenas em 2023, a cidade teve um saldo positivo de 7 mil novas vagas, com destaque para os setores de Serviços e Comércio.

Adelaido Vila, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, enfatiza a importância dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para retratar a realidade da capital. Ele destaca o compromisso da administração municipal em apoiar os empresários na contínua qualificação da mão de obra local, oferecendo cursos rápidos por meio da Sidagro e da Secretaria Municipal da Juventude.

Como uma iniciativa para impulsionar ainda mais o crescimento econômico, a administração municipal sancionou, no final de 2023, uma lei que reduz o Imposto sobre Serviços (ISS) de 5% para 2% para franqueadores sediados em Campo Grande. Essa medida visa atrair um segmento de mercado que movimenta bilhões de reais em todo o país, consolidando ainda mais a posição de Campo Grande como um centro de inovação e empreendedorismo no Brasil.

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